O cenário para o café tem ficado mais desafiador com os países desenvolvidos elevando juros e a Europa diante de um inverno difícil do ponto de vista dos custos de energia, com guerra em curso e tensões crescentes, o que não deve deixar a demanda pela bebida incólume. Em outras crises o consumo global agregado não sofreu grandes impactos mas para o segmento de especiais a sensibilidade é maior.

De acordo com os dados da consultoria Agro do Itaú BBA, até meados do ano que vem, o mundo ainda terá relativamente pouco café disponível dado o pequeno crescimento da oferta brasileira da safra 2022/23, o que deve segurar pressões maiores nas cotações, a menos que as exportações surpreendam positivamente ao longo do 1º tri de 23, embora acreditemos que os números deverão moderar. 

Outro ponto determinante para acompanhamento é o desenvolvimento climático nos próximos meses, até aqui favorável para a safra 2023/24. Com a estrutura de custos de produção elevada e os preços  cedendo, o risco para o produtor é uma compressão de margens ainda maior após dois anos com a produção abaixo do esperado, o que seria muito ruim, o que justifica o cuidado com a gestão do risco de preços.

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