A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é considerada a principal praga da cultura e pode transmitir três importantes doenças, às vezes ao mesmo tempo: o enfezamento pálido, o vermelho e a virose do raiado fino, todas afetam a parte foliar e destroem a planta. As perdas pelo complexo de enfezamentos podem chegar a 90%, especialmente em lavouras com híbridos suscetíveis. Entender a dinâmica populacional do inseto é um dos principais desafios dos especialistas, que apontam o manejo de controle com produtos biológicos como uma das alternativas efetivas para enfrentar o problema.

 

Nos últimos anos, o desenvolvimento de soluções visando o controle da cigarrinha, principalmente associado à agricultura regenerativa, tem aumentado. Um exemplo disso é o lançamento do Biokato, um bioinseticida de excelência da Biotrop, empresa de produtos biológicos e naturais que figura dentre as líderes do setor. O produto une duas poderosas bactérias, que combinadas combatem cigarrinhas e percevejos, além de oferecerem maior desenvolvimento para a planta.

A formulação leva Pseudomonas fluorescens e Pseudomonas chlororaphis (essa de uso agrícola, até então, inédito). A primeira gera a produção de metabólicos, fitormônios, que vão trazer maior robustez à planta e favorecer o seu desenvolvimento. E a segunda proporciona uma resposta muito efetiva no controle das pragas. “O Biokato está entre os produtos que representam os primeiros grandes avanços tecnológicos após as gerações de soluções biológicas conhecidas. Traz nova tecnologia, mais robustez, maior performance para ter o mesmo nível de resposta dos agroquímicos – ou acima deles – com custo-benefício claro para o produtor brasileiro”, destaca Éderson Santos, gerente de portfólio da empresa.

 

No campo

Produtores de milho de São Paulo encontraram no Biokato uma solução para os problemas recorrentes com a cigarrinha nas últimas safras. Salvador Sindona, da Fazenda Maria Júlio Sindona, de Florínea/SP, conta que ele e a família estavam pensando em deixar de produzir milho em razão da forte pressão da praga e dos sintomas de complexo de enfezamentos na sua lavoura. Sua propriedade foi uma das primeiras a utilizar o bioinseticida no Vale do Paranapanema.

O agricultor relata que realizou o protocolo completo da Biotrop, incluindo o Biokato. Nas pulverizações, realizou a primeira com tratamento biológico, a segunda com biológico combinado com químico e depois os tratamentos químicos, com intervalo médio de cinco a sete dias, até o pendoamento do milho. “Confesso que agora estamos reconsiderando o cultivo, pois conseguimos manejar bem o problema. Claro que ainda temos um exercício grande a fazer, aprimorar híbridos, mas é bastante promissor e trouxe bastante confiança em continuar a produzir milho no Vale”, conta o agricultor.

 

De Salto Grande/SP, o produtor Jean Allander de Almeida, da Fazenda Santo Antônio, também estava cansado de tentar controlar a cigarrinha sem sucesso. “Há anos estamos enfrentando forte pressão de cigarrinhas nas lavouras de milho, a cada ano aumentava mais. Quando começamos a utilizar o Biokato passamos a perceber uma lavoura mais sadia, com uniformidade nas espigas e sanidade das plantas”, relata.

Incremento na produção

A validação do Biokato foi realizada em mais de 60 áreas, em diferentes regiões do Brasil, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais. O incremento médio de produtividade com o uso do bioinseticida no controle da cigarrinha foi de quatro sacas a mais por hectare (sc/ha). A utilização também favoreceu um controle médio de 47%, eficiente para os atuais parâmetros biológicos e químicos do mercado.

 

Na estação 3M Experimentação Agrícola, filial de Tibagi/PR, o Biokato também teve sua eficácia avaliada a campo em ensaios na safra 2021/22. O estudo foi realizado em parcela com híbrido suscetível e as comparações foram feitas com produtos químicos e concorrentes biológicos. A principal conclusão do experimento foi obtida sete dias após a terceira aplicação de Biokato, onde a dose recomendada de 800 ml teve controle com 69% de eficácia do número de cigarrinhas por planta, média estatisticamente semelhante ao padrão químico e ao padrão biológico.

O estudo apontou ainda que, 75 dias após o plantio, a redução de plantas com enfezamento foi de até 55% na área tratada com Biokato. 

 

Fonte: Agrolink

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