O futuro da criação de proteínas animais não precisará de um celeiro com correntes de ar, mas de uma estufa aquecida: Proteína Forte, uma nova start-up que cultiva proteínas animais comerciais dentro de plantas agrícolas, ingressou na incubadora de empresas do Center for Life Science Ventures da Cornell University. O método proprietário que cria esses nutrientes e ingredientes alimentares é propenso a um crescimento rápido e tem uma pegada de carbono sustentável e baixa.
“Não usamos animais”, diz a microbiologista Kathleen Hefferon, co-fundadora e CEO da Forte Protein. “Nossa pegada de carbono é mínima. Não temos que alimentar nenhum animal e não temos dejetos de animais. Produzimos proteínas animais com emissões de carbono muito próximas de zero”.
Em vez de cultivar, alimentar e manter o gado e depois colher suas proteínas, a empresa oferece nutrientes animais e ingredientes alimentares à base de plantas, do simples ao complexo, cultivados de forma acessível em questão de dias ou semanas, e tudo isso sem alterar o meio ambiente. “O conceito da Forte Protein – esta nova empresa – ainda é absolutamente brilhante”, diz Lou Walcer, diretor do Center for Life Science Ventures. “A empresa descobriu como usar plantas para produzir proteína animal. Tem potencial como material vegetal para uso em confinamentos, pisciculturas ou ingredientes de ração comercial, tudo sem a necessidade de grandes extensões de terra e sem gerar metano ou dióxido de carbono”.
Se uma empresa de alimentos precisar de proteínas animais, como colágeno, mioglobina, ovoalbumina ou caseína, a tecnologia patenteada da Forte Protein pode transformá-las em plantas usando a tecnologia de duplicação rápida. A empresa pode introduzir o gene da proteína animal em uma planta – como a alface – durante uma fase de rápido crescimento. A tecnologia pode ser usada em alimentos, bebidas, saúde e bem-estar e outras aplicações industriais. Por exemplo, o sistema pode produzir caseína – encontrada no leite, a proteína necessária para fazer queijo – em cerca de três dias.
Fronte: Agrolink
