O mercado da soja em Mato Grosso vem se firmando na perspectiva de aumento de produtividade para a safra de 22/23, já que a comercialização para a temporada alcançou 45,15% da produção, demonstrando uma elevação de 4,47 p.p. na avaliação mensal. Contudo, as vendas vêm ocorrendo num ritmo lento, considerado um dos mais frios dos últimos cinco anos.

 

No que refere ao preço médio, a oleaginosa tem se mantido em cerca de R$ 149,53/sc, o que representa um recuo mensal de 0,87%, isso se deve à elevada oferta de soja no mercado, já que a produção vem sendo considerada recorde nesta safra. Quanto à próxima safra, a negociação da soja avançou 1,76 p.p. no mês de janeiro deste ano, alcançando 2,84% da produção.

 

O perfil do produtor está mais cauteloso, tendendo a perar melhores preços, o que resulta na comercialização 11,19 p.p. abaixo do que se observou no mesmo período em 2022 e 5,98 p.p. menor do que observado nos últimos cinco anos.

Observou-se uma queda de 89,85% nas exportações quando comparada ao mesmo período na safra passada 21/22, totalizando 52,90 mil toneladas. Com o atraso que marcou a colheita no estado do Mato Grosso, o ritmo observado nos portos também foi mais lento, sendo que mais de 80% da produção foi destinada à China, que comprou 46,58 mil toneladas em janeiro de 2023. Espera-se que o escoamento da soja em grão ainda aumente, devido ao avanço das colheitas por todo o estado.

 

O farelo de soja apresentou uma elevação de 13,24% quando comparado ao mesmo período do ano passado, tendo como principal destino a Tailândia, para onde foram destinadas 542,40 mil toneladas de farelo de soja.

O óleo de soja vem sofrendo interferência dos conflitos no Leste Europeu, aumentando a demanda por outras fontes de insumos energéticos, como é o caso do biodisel. As exportações do óleo de soja apresentam alta de 28,11% quando comparada a janeiro de 2022, exportando 44,53 mil toneladas, representando o maior volume dos últimos 17 anos.

 

Com informações da Mariana Cristina, analista e agrônoma da Tarken*

 

Fonte: Agrolink

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