A Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE, entidade estadual de representação dos engenheiros e engenheiras agrônomos sergipanos, com 70 anos de existência, estimulada pela Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil – CONFAEAB, que agrega no plano nacional aos associações estaduais de engenheiros agrônomos e agrônomas, encaminhou ao Senhor Governador do Estado de Sergipe, um rol de sugestões para o “aprimoramento das políticas públicas de sustentabilidade, produção de alimentos, emprego, renda e bem-estar dos sergipanos e sergipanas”. Comunicação divulgada no âmbito da categoria agronômica, como reza os princípios da transparência e publicidade.
Como preliminar, a missiva arguiu que estudos recentes mostram o atraso do Estado de Sergipe. Competitividade, IDH – Índice de Desenvolvimento Humano e PIB – Produto Interno Bruto, respectivamente na 22ª, 20ª e 23ª posições, entre os 27 estados brasileiros. Sustentabilidade ambiental na 22ª posição. No que concerne ao setor agrícola, menos de 5% do PIB estadual e 79% dos estabelecimentos agropecuários são tipificados como de agricultores familiares e contribuem com mais da metade da produção dos estabelecimentos agropecuários estaduais.
Os principais cultivos por ordem crescente do Valor da Produção – VP são milho, laranja, cana, coco-gigante, batata-doce, mandioca e abacaxi, responsáveis por 95% do VP. Exceto a cadeia produtiva do milho, as demais apresentam sinais de decadência, redução de área plantada e renda. A citricultura evidencia precariedades e carências de inovação nos processos produtivos. Destaque para a produção de leite e a emergente carcinicultura. As organizações públicas estaduais da agropecuária apresentam carência de investimentos em infraestrutura, inovação e renovação de seus membros.
Detalha como sugestões, algumas políticas públicas para a agropecuária estadual. “Programa de apoio ao primeiro emprego dos engenheiros e engenheiras agrônomos na assistência técnica pública e privada, pesquisa, educação rural e bolsas de incentivo à qualificação profissional. Revigorar as estruturas públicas de assistência técnica, extensão rural, pesquisa, fomento e valorização profissional dos engenheiros e engenheiras agrônomos. Inovação, ciência e tecnologia. Ganhos em produção, produtividade e sustentabilidade nos sistemas produtivos e na trajetória da produção ao consumo. Meio ambiente, alimentação e saúde única. Produzir alimentos saudáveis e proteção aos ecossistemas, trabalhadores e consumidores. Atenção à defesa agropecuária estadual e ao desperdício dos produtos agropecuários prontos e acabados para o consumo. Pluriatividade agrícola e segurança rural. Turismo, artesanato e gastronomia rural. Produtos com origem e procedência. Integração entre o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e o governo estadual e as organizações de segurança estaduais”.
Estratégias de gestão e metas serão registradas no próximo artigo. Parabéns à AEASE que em boa hora tomou posição em defesa da agricultura e dos engenheiros agrônomos e agrônomas sergipanos. Similares iniciativas têm sido discutidas por um grupo de engenheiros agrônomos sergipanos, na perspectiva de “Repensar a AEASE”.
Fonte: 93noticias.com.br