A Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil – CONFEAB, entidade nacional de representação dos Engenheiros e Engenheiras Agrônomos do Brasil, encaminhou ao Presidente e ao Vice Presidente da República do Brasil, uma carta com sugestões de políticas públicas para a agropecuária nacional. Na oportunidade, registrou que as referidas sugestões abrangiam as vinte e sete filiadas nos estados e Distrito Federal. No caso de Sergipe, a referência coube à AEASE – Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe.

Nesse segundo artigo, complemento da carta da AEASE ao Governador do Estado de Sergipe, constam as estratégias de gestão e metas esperadas, adições ao breve diagnóstico da realidade estadual e projetos prioritários à agropecuária estadual. Em acordo com os princípios da publicidade e transparência estão transcritos como metodologia de planejamento as “cadeias produtivas e respectivas câmaras setoriais, alocação de recursos e paridade de membros da formulação à execução. Associativismo nas atividades da produção ao abastecimento. Conselho Estadual de Agricultura, com participação dos agentes públicos e privados nos processos da produção agropecuária. Territorialidade estratégica, a exemplo do SEALBA -Sergipe, Alagoas e Bahia. Zoneamento Agrícola de Risco Climático – ZARC, seguro rural, estoques reguladores e informações estratégicas. Dimensionar o BANESE – Banco do Estado de Sergipe S/A às políticas públicas para a produção agropecuária nas respectivas cadeias, câmaras setoriais, territórios e cooperativas. Arranjo institucional das organizações públicas e privadas de ciência, tecnologia e inovação existentes no Estado, a exemplo da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Universidades, ITPS – Instituto de Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe, SERGIPETEC – Sergipe Parque Tecnológico, FAPITEC – Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe, entre outros, com objetivos, coordenação, responsabilidades, recursos e resultados”.

Espera-se no curso do mandato do executivo estadual “universalizar a assistência técnica pública aos pequenos e médios produtores rurais. Aumentar o número de produtores rurais atendidos pelo PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ofertar água potável para a população rural e irrigação na região semiárida e nos municípios carentes desse serviço público. Alfabetizar a população adulta residente no meio rural. Promover a pluriatividade agrícola, a exemplo do turismo rural, gastronomia, artesanato, derivados do leite e o extrativismo sustentável. Criar um programa de indicação e procedência e origem dos produtos agropecuários. Implantar a conectividade virtual e física entre o meio rural e o urbano. Evitar o desperdício, pelas técnicas de pós-colheita e o consumo integral dos alimentos”.

 

“Fome zero, sede zero, isolamento e analfabetismo adulto rural zero”, são valores conquistados pela civilização e inaceitáveis na atualidade. Parabéns à AEASE pela iniciativa em mostrar as competências da categoria dos profissionais da agronomia sergipana. Importante referir que similares propostas têm sido formuladas por um grupo de engenheiros agrônomos identificados como “Repensar a AEASE”. Sugestões postas, a vez agora é de planejar, realizar, acompanhar e avaliar os resultados.

Manoel Moacir Costa Macêdo, é engenheiro agrônomo e advogado.

Fonte: 93noticias.com.br

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