As chuvas registradas nos últimos sete dias melhoram a condição hídrica da área plantada com soja na Argentina. No entanto, a Bolsa de Grãos de Buenos Aires esclarece que esta melhora não afetará os rendimentos esperados da soja, dada a fenologia avançada da cultura.

 

Até o momento, 39,5% da superfície encontra-se entre o pleno enchimento e a maturidade fisiológica (R6 – MF), enquanto setores do centro da área agrícola iniciaram a colheita das primeiras praças de soja nobre. Neste cenário, mantém-se a projeção de produção de 25 MTn, 44,4% abaixo da média das últimas cinco campanhas (produção média U5C: 45 MTn).

No Centro Sul, localidades como Junín e Baigorrita reportaram colheitas entre 10 e 15 qq/Ha respectivamente, enquanto no Centro-Leste de Entre Ríos e Sul de Córdoba, produtividades de 7 qq/Ha foram relatadas em localidades como como Crespo e La Carlota, respectivamente.

 

Ao mesmo tempo, 67,7% da área apta para a soja de segunda categoria está entre o início da frutificação e o pleno enchimento de grãos (R3-R6). Esperam-se decréscimos significativos nos rendimentos como conseqüência das altas temperaturas e ausência de umidade, sendo o Centro-Norte de Santa Fe, ambos núcleos e o Centro-Leste de Entre Ríos, onde se concentra 40,7% da área plantada, as regiões mais afetadas.

Juntas, as regiões citadas preveem uma produtividade média de 10,6 qq/Ha, 20% abaixo da produtividade média da safra 2021/22 (Rendimento médio 2021/22: 13,3 qq/Ha). Além disso, localidades como Cañada de Gómez, Venado Tuerto, Pergamino e Paraná esperam perdas de área agricultável entre 50 e 80%. Finalmente, a norte da zona agrícola, 61,7% da área regista um estado hídrico entre regular e seco, consequência da distribuição heterogénea das chuvas e das temperaturas elevadas registadas.

 

Fonte: Agrolink

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