A realidade atual mostra o avanço bem-feito da agricultura brasileira. A tecnologia aplicada busca adaptar a triticultura no bioma do Cerrado. O pacote de medidas começa pela escolha adequada do cultivar a ser plantado. Em paralelo, os cuidados especiais com a estrutura e fertilidade do solo são desenvolvidos palmo a palmo, seguindo a agricultura de precisão. Para completar, o acesso a boa assistência técnica ajuda na adoção de medidas para proteção de plantas no momento adequado.

 

Reuniões são realizadas com representantes dos setores da produção, pesquisa e indústria para analisar as possibilidades de medidas que levem ao crescimento a cadeia produtiva do trigo.

AÇÕES PARA O CRESCIMENTO DO TRIGO NO CERRADO     

•    Organização da produção de sementes; 
•    Instalação de ensaios, 
•    Unidades demonstrativas;
•    Lavouras de referência para informações agronômicas e econômicas 
•    Parceiros para identificar problemas tecnológicos; 
•    Governança com parcerias no setor público e entidades privadas; 
•    Pesquisas com manejo e resistência genética à brusone; 
•    Informações para o zoneamento agrícola nas áreas em expansão; 
•    Intensificação das ações de comunicação;
•    Transferência de tecnologia via eventos, visitas e publicações;

Fonte: Núcleo Avançado de Trigo Tropical. Uberaba. Minas Gerais.

Com larga experiência nas pesquisas com trigo da Embrapa, para Sergio Dotto “o desenvolvimento da cultura no Cerrado se aprimora através ajustes no zoneamento agrícola, com melhor detalhamento das épocas de semeadura dos cultivares nos diversos microclimas nesta grande área que é o Brasil Central”. 

 

Os lançamentos de novas cultivares realizados nos últimos anos mostram ótimos resultados técnicos. Esse desempenho faz com que a tropicalização do trigo vai tornando realidade um sonho antigo de pesquisadores e empreendedores. 

A Embrapa estima o potencial de espaço para o cultivo do trigo no Cerrado do Brasil Central. No sistema irrigado é de milhão de hectares, enquanto passa de 2,5 milhões de hectares no sistema de sequeiro, onde o plantio é feito em terras altas, sem que o solo sujeito a alagamento. Essa incorporação de área possibilitará agregar cerca de 4 milhões de toneladas do grão no país.

Com cenário positivo, o Brasil caminha para ser autossuficiente pela atratividade do produtor e o avanço nas técnicas de melhoramento genético. A região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), próximo de Brasília, no Distrito Federal (DF), tem sido muito privilegiada para desenvolver a triticultura. 

 

Na visão de Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, “há grande fronteira para ser explorada pelo trigo, com entrada em sucessão à soja e ao milho, compondo sistemas de produção sem necessidade de abrir um metro quadrado sequer de novas áreas”

As portarias do Ministério da Agricultura (MAPA) indicam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para o cultivo do trigo nos estados de Minas Gerais (MG), São Paulo (SP), Goiás (GO), Mato Grosso do Sul (MS), Bahia (BA), Mato Grosso (MT) e Distrito Federal (DF). 

Essas publicações trazem a recomendação de boas práticas agrícolas, como rotação de culturas e controle químico de doenças, via tratamento de sementes ou pulverizações da parte aérea, dentre outras. Os produtores e os agentes da assistência técnica vão se acostumando com as inovações do sistema ZARC. Nos próximos anos, o uso de tecnologia de produção poderá adquirir caráter obrigatório.

 

As recomendações apresentadas pelo ZARC abrangem uma área potencial de 2,7 milhões de hectares em regiões do Cerrado. Isso significa oportunidades mais amplas para cultivos em sistema de sequeiro, cujo sistema de produção não concorre com cultivos dependentes do sistema de irrigação. 

 

Fonte: Agrolink

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