A cultura do trigo apresenta um panorama diversificado em diferentes partes do mundo, com condições climáticas variáveis impactando a colheita e os rendimentos, de acordo com o Monitor de Culturas do Agricultural Market Information System (AMIS).
Na União Europeia, as condições são geralmente favoráveis, enquanto a colheita continua. A Espanha registra rendimentos baixos, que são compensados por rendimentos excepcionais em partes da Europa central e sudeste. No Reino Unido, as condições são favoráveis. Na Turquia, a colheita está em andamento em condições excepcionais.
Na Ucrânia, a colheita está ocorrendo longe das zonas de guerra, registrando um aumento de rendimentos em comparação ao ano passado. Na Federação Russa, a colheita de trigo de inverno prossegue sob condições favoráveis, enquanto o trigo de primavera permanece sob condições secas e quentes. Na China, o trigo de primavera continua a se desenvolver sob condições secas e quentes no norte e noroeste.
Nos Estados Unidos, a colheita de trigo de inverno está se concluindo nas planícies centrais e sulistas sob condições adversas, enquanto a colheita continua no norte. O trigo de primavera está sob condições mistas em partes das Dakotas, devido ao clima quente e seco em maio e junho. No Canadá, as condições são mistas para o trigo de inverno e de primavera, pois a seca continua a se expandir pelas planícies ocidentais. Há um aumento na área total semeada com trigo de primavera em comparação à média.
Na Austrália, chuvas próximas à média de julho beneficiaram as culturas na maioria das regiões; no entanto, os níveis de umidade do solo permanecem abaixo da média em Queensland e nas partes norte de Western Australia.
Na Argentina, chuvas recentes permitiram o avanço do plantio e melhoraram as condições; no entanto, são necessárias mais precipitações para sustentar a cultura. A imagem global é, portanto, mista, com variações de condições de uma região para outra. As próximas semanas serão cruciais para determinar o impacto dessas condições nas safras de trigo e nos mercados globais.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete
Fonte: Agrolink
