A indústria de azeites extravirgem com o selo verde-amarelo está em franco crescimento. Atualmente, são mais de 200 empresas produtoras, a maior parte delas localizadas no Sul e Sudeste do Brasil. Uma das marcas que vem despontando no mercado é a jovem Verde Louro, produzida no interior do Rio Grande do Sul, na cidade de Canguçu.
Com sua primeira colheita em 2016, a jovem empresa já acumula mais de 80 premiações internacionais em concursos na Itália, Inglaterra, Emirados Árabes Unidos, Grécia, Israel, Estados Unidos e Japão. A mais recente foi a ITALYIOOA – International Olive Oil Awards 2023, em junho. A diretora da empresa, Mita Fuhrmann conta que, na oportunidade, foram três distinções, a de Melhor Azeite do Mundo – junto com outros dois, um espanhol e um italiano – para a variedade Arbequina; a medalha de Ouro para a variedade Arbosana; e o melhor na categoria da variedade Koroneiki. Um dos mais importantes reconhecimentos do setor, o prêmio é uma competição italiana organizada com o objetivo de promover os melhores azeites do mundo. Nesta edição, foram 19 jurados registrados pelo Ministério da Agricultura da Itália que analisaram as características dos produtos em quesitos como aroma e sabor, todos elencados e reconhecidos pelo International Olive Council (IOC).
Produção
Em 2023, em uma área plantada de 250 hectares, a Verde Louro produziu 30 mil litros de azeite extravirgem nas variedades Arbequina, Arbosana, Coratina, Frantoio, Koroneiki e Blend. O número é 40% maior do que o registro de 2022. “Tivemos uma excelente safra em 2023, favorecidos pelo clima, que foi mais estável e teve um frio contínuo. Para o próximo ano, ainda é muito difícil falar, pois a produção é muito afetada pelas condições climáticas”, avalia a empresária.
Inovação
Para seguir na trajetória de crescimento, a marca gaúcha vem apostando na produção de uma linha especial para bebês e crianças. Segundo Mita, a linha Azito’s, produzida nas variedades Koroneiki e Arbequina, é uma das pioneiras no mercado e vai ao encontro de uma tendência internacional, impulsionada pelos países mediterrâneos. A empresária conta que o azeite extravirgem é produzido a partir de azeitonas levemente maduras, que garantem um sabor mais frutado e menos picante. “A ideia era criar um azeite premium que pudesse ser introduzido na dieta das crianças, sem o amargor característico dos convencionais. Em casa, sempre tivemos uma dieta com muito azeite extravirgem. Porém, quando tentamos inserir na dieta dos meus filhos, enfrentamos resistências devido ao paladar mais sensível das crianças. A partir daí, resolvemos produzir um azeite mais suave, seguindo os mesmos parâmetros de qualidade da nossa linha tradicional”, recorda a empresária, ressaltando que até mesmo a embalagem, com personagens lúdicos e coloridos, foi pensada para atrair a atenção dos pequenos consumidores.
Mita ressalta que o azeite extravirgem é recomendado em todas as fases da vida, por ser, além de saboroso, um alimento rico em ácidos graxos insaturados, que influenciam na quantidade e no tamanho das partículas de colesterol, favorecendo a saúde cardiovascular. “Se o azeite de oliva extravirgem deve ser consumido por todos, nada mais justo do que incentivar desde cedo”, frisa. Segundo a empresária, o azeite pode ser introduzido a partir dos 6 meses. “Inclusive, a sua composição química pode ser comparada a do leite materno pela grande presença dos ácidos oleico e linoleico – ácidos graxos essenciais”, acrescenta.
Fonte: Agrolink