O mercado de feijão atualmente estável apresenta um menor volume de negócios nas fontes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe). Contatos estabelecidos com as áreas de produção da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás indicam a presença de compradores, porém estes estão oferecendo valores abaixo do que os produtores consideram aceitáveis para a venda. É importante destacar que apenas alguns produtores cedem à pressão dos compradores, uma minoria em comparação com a demanda total dos empacotadores.
“Acompanhamos ontem a coletiva de imprensa da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados). Interessante entender o comportamento da cesta de produtos da ABRAS, que varia conforme a região do país. Destaco o seguinte: 80% do consumo nacional de Feijões foi atendido por 76 marcas de Feijão durante o mês de julho. No mês anterior, haviam sido 72 marcas. Isto mostra claramente que a decisão de compra do consumidor hoje em dia está calcada no preço”, disse o diretor do Ibrafe, Marcelo Luders.
De acordo com informações da ABRAS, os consumidores de feijão, por exemplo, estão dispostos a abandonar sua marca favorita quando encontram produtos de qualidade semelhante a preços mais baixos ao visitarem o supermercado. No entanto, é importante notar que a ABRAS não forneceu dados específicos sobre o volume total de vendas, limitando-se apenas a oferecer esses indicativos.
“Outro fator que chama a atenção é que o consumidor tem nas mãos o celular e ele vai atrás de preços até mesmo nas lojas online de e-commerce. Aliás, a pandemia de covid-19 acelerou o crescimento das compras online de alimentos, e muitos consumidores agora preferem comprar mantimentos online por conveniência e segurança. Segundo dados das empresas de pesquisa, já são mais de 50 milhões de brasileiros que alternam compras de alimentos do dia a dia no e-commerce e em supermercados e atacarejo”, conclui.
Fonte: Agrolink