As fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul deixaram rastros de destruição. Ao menos 60 municípios do Rio Grande do Sul registram prejuízos após a passagem de um ciclone extratropical no Sul do Brasil provocou a morte de 6 pessoas, além de mais de 600 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), os transtornos também impactaram o tráfego das estradas. Na cidade de Marau, no Norte gaúcho, a preocupação é com a barragem de Capingui III, que está em situação de alerta.
E na agricultura a situação nao é diferente, de acordo com o metereologista, Gabriel Rodrigues todos os eventos extremos são negativos para a agricultura. “Todo evento extremo é negativo para a agricultura, e isso vale para os extremos de chuva, o excesso de umidade, aumenta a pressão de pragas e doenças. Dificulta as operações em campo, diminui a luminosidade, além de esticar o ciclo do cultura”, salientou Rodrigues.
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Especialmente na região sul algumas fases são crucias neste momento, como a colheita do milho segunda safra , especialmente no Paraná, ao passo que o milho de primeira safra vem sendo plantado no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. ” As chuvas estão atrapalhando justamente estas operações em campo, impossibilitando a entrada de maquinários em campo em função do solo encharcado. As ocorrências mais críticas são nas áreas de trigo, em que a maioria se encontra entre o desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. Nesses estádios, a grande preocupação vem em relação à pressão de doença, o excesso de chuva, principalmente nos estágios reprodutivos, induz ao aparecimento de doenças na espiga, e assim rpodem resultar em redução da produção e perda na qualidade dos grãos”, explicou.
Em casos extremos de chuva muito recorrentes, o solo encharcado pode provocar alguma doença mais severa no sistema radicular, em algumas áreas de trigo, especialmente no estado do Paraná, algumas áreas estão em maturação e avançam na colheita, por isso as chuvas podem atrapalhar os trabalhos em campo. Gabriel ainda ressalta que, em função do fenômeno El Niño com forte intensidade e temperaturas mais elevadas, há mais disponibilidade de energia na atmosfera, que pode ser convertida em chuvas de maior intensidade, o que é um sinal de alerta, em momento de colheita em um regime de chuvas.
Fonte: Agrolink