A chegada do El Niño após três safras de La Niña trará desafios climáticos e fitossanitários para a safra 23/24 de soja no Brasil. No entanto, os produtores não reduzirão seu cultivo, de acordo com a pesquisa da Safras & Mercado. A área plantada atingirá um recorde de 45,62 milhões de hectares, crescendo 2,5% em relação ao ano anterior, com uma previsão inicial de safra de 163,25 milhões de toneladas, um aumento de 4,5% em relação à safra anterior. O El Niño afetará o clima, alterando padrões de chuvas e aumentando as temperaturas, e espera-se que persista até outubro do próximo ano, causando instabilidade climática.
“Até o início deste ano, o Brasil estava sobre o efeito do La Niña, responsável por mais veranicos na região Sul e mais chuvas para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Com o El Niño, o padrão de chuvas se modifica e a temperatura se eleva – o que vem acontecendo agora em 2023 no Brasil, onde não houve um inverno com temperaturas muito baixas e nem geadas, como ocorreu nos anos anteriores”, analisa João Vitor Gomes Pasquetto, engenheiro agrônomo de Desenvolvimento de Mercado da Stoller.
A Stoller do Brasil, uma empresa Corteva Agriscience, destaca seu compromisso em estabelecer laços estreitos com os agricultores por meio de consultoria. Eles enfatizam como essa abordagem está mudando a dinâmica entre a indústria e os agricultores. A empresa desenvolveu três conceitos-chave para enfrentar os desafios da produção de soja: “Comece Bem” foca na fase inicial da cultura, “Soja Forte” maximiza a produtividade e resistência das plantas, e “Nutra&Defenda” nutre as plantas e aumenta sua resistência a doenças. Isso ajuda os agricultores a melhorar a rentabilidade de suas lavouras.
“Estamos muito focados no acompanhamento técnico junto ao produtor. Na região Sul, as lavouras poderão estar mais suscetíveis a doenças devido ao ambiente favorável e também pela possível falta de tempo em fazer as aplicações no momento correto. Com excesso hídrico, o produtor não consegue entrar na lavoura. Os agricultores que usam avião têm uma vantagem operacional no manejo sobre àqueles que tem apenas pulverizadores terrestres e passam dias esperando drenar a água para poder entrar na lavoura”, analisa.
Fonte: Agrolink