A safra 23/24 de soja está projetada para atingir um novo patamar de produção, com estimativas de 162 milhões de toneladas, um aumento de 4,8% em relação à safra anterior, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, os produtores de todo o Brasil têm a oportunidade de maximizar ainda mais a produtividade adotando tecnologias avançadas, como o sistema de coinoculação.
A coinoculação envolve a combinação de dois microrganismos benéficos: o inoculante biológico fixador de Nitrogênio do gênero Bradyrhizobium, junto com o Azospirillum, um microrganismo promotor de crescimento que também desempenha um papel fundamental na Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN). Juntos, esses dois tipos de microrganismos têm o potencial de elevar a produtividade na sojicultura em até 16%, como afirma Fernando Bonafé Sei, gerente da área técnica da Novozymes, líder mundial em biossoluções. Para a safra atual, a Conab estima uma produtividade média de 3.586 quilos por hectare (kg/ha). Portanto, a adoção da tecnologia de coinoculação pode representar um aumento de 574 kg/ha ou 9,5 sacos por hectare (sc/ha).
A coinoculação consiste em combinar dois microrganismos benéficos para as plantas que contribuem para o fornecimento de nitrogênio, um dos principais elementos que fornecem energia às plantas. Além disso, essa abordagem está se tornando cada vez mais popular devido à sua excelente relação de custo-benefício. Como observa Bonafé Sei, a coinoculação atende às necessidades dos produtores que buscam altos índices de produtividade com rentabilidade e sustentabilidade econômica e ambiental.
A união das bactérias Bradyrhizobium com o Azospirillum, encontradas nas linhas Optimize® e AzoMax® da Novozymes, contribui para uma melhor nutrição das plantas, graças à fixação biológica de nitrogênio e à produção de fitormônios que estimulam o desenvolvimento radicular das plantas de soja. Isso resulta em uma maior absorção de nutrientes do solo e um uso mais eficiente do nitrogênio, favorecendo altas produtividades e maior rentabilidade, destaca o gerente técnico da Novozymes.
Estudos realizados pela Embrapa demonstram que a coinoculação proporciona uma série de benefícios às plantas, incluindo o estímulo ao crescimento do sistema radicular, o que resulta em uma maior absorção de nitrogênio e uma maior captação de água pelas raízes. Além disso, o Azospirillum é responsável pelo aumento do tamanho dos nódulos e do volume das raízes. Esta eficiência na fixação de nitrogênio reduz a necessidade de fertilizantes químicos, especialmente os nitrogenados, que estão com custos elevados no mercado internacional.
Fonte: Agrolink