O início do verão é crucial para os produtores de citros, marcando a segunda etapa do controle do psilídeo em pomares de 0 a 3 anos. Este inseto é portador da bactéria que causa o greening (huanglongbing/HLB), uma doença altamente prejudicial para a citricultura, podendo levar à perda total do pomar. O controle, iniciado antes do plantio das mudas, é crucial, e biodefensivos, como o fungo Beauveria bassiana, são ferramentas eficazes no combate ao vetor, sem prejudicar as plantas.
O psilídeo Diaphorina citri, vetor do greening, é presente durante todo o ano nos pomares, atingindo seu pico populacional na primavera e verão, coincidindo com os principais fluxos vegetativos. Sua incidência é mais alta nas bordas dos pomares, diminuindo no interior dos talhões e aumentando perto dos carreadores. Felizmente, produtos biológicos, como o fungo Beauveria bassiana desenvolvido pela Embrapa Florestas, oferecem eficaz controle contra esse inseto, sendo de rápida produção e fácil utilização na agricultura.
O uso de defensivos de base biológica, junto com um manejo apropriado, especialmente na erradicação de plantas contaminadas, pode significativamente reduzir a incidência da doença nos principais polos de produção de citros no Brasil. O monitoramento desempenha papel crucial no combate à doença, conforme recomendado pelo Fundecitrus.
Armadilhas adesivas amarelas, instaladas a cada 100 a 250 metros, são essenciais, posicionadas no terço superior das plantas e avaliadas semanalmente para contar os psilídeos capturados. A inspeção visual semanal de 1% das plantas das bordas para o centro, examinando ovos, ninfas e adultos em três a cinco ramos novos por planta, também é recomendada. A realização dessas práticas em conjunto com um agrônomo é indicada.
Fonte: Agrolink