As abelhas, dotadas de mecanismos inteligentes, enfrentam desafios para manterem-se ativas e produtivas durante períodos de temperaturas elevadas. No entanto, esse esforço pode impactar o desenvolvimento e a produção das colônias, alerta a pesquisadora da Embrapa Meio-Norte, Maria Teresa Lopes.
De acordo com informações da Embrapa, enquanto as abelhas dedicam tempo e energia para garantir a termorregulação da colônia, buscando água e ventilando o ambiente, esse empenho as afasta da coleta de alimentos nas flores, prejudicando a produção de mel. Maria Teresa Lopes destaca a importância de medidas preventivas por parte dos apicultores para garantir a sobrevivência e produtividade das abelhas durante estiagens ou altas temperaturas.
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Os cuidados começam na escolha do local para instalação do apiário, que deve ser sombreado, com fonte de água abundante e permanente. O sombreamento pode ser natural, por meio de árvores, ou artificial, usando coberturas construídas com diversos materiais. A escolha de espécies arbóreas que mantenham folhas durante a seca é crucial para assegurar sombreamento durante períodos quentes e secos.
A presença de água é vital para a manutenção dos enxames, especialmente em regiões de clima quente. A água é fundamental para a termorregulação, e as abelhas podem consumir até 20 litros por semana em casos extremos. É essencial fornecer fontes de água pura a distâncias adequadas para evitar contaminação pelos dejetos das abelhas. Bebedouros artificiais devem ser instalados e mantidos limpos, com trocas frequentes.
Durante períodos entre floradas, quando as temperaturas são elevadas e a oferta de alimento diminui, o cuidado com a alimentação das abelhas é crucial. A Embrapa Meio-Norte desenvolveu fórmulas suplementares para atender às necessidades nutricionais das abelhas nativas e africanizadas nesses períodos. A alimentação suplementar estimula a postura da rainha e contribui para o crescimento e desenvolvimento dos enxames, minimizando as perdas por abandono.
Fonte: Agrolink
