A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou nesta sexta-feira (26/1) o primeiro caso de Encefalite Equina do Oeste (EEO) no Rio Grande do Sul, especificamente no município de Barra do Quaraí, na região da Fronteira Oeste do Estado. O diagnóstico foi emitido após análise de uma amostra coletada em dezembro e enviada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG).
A EEO é uma doença viral transmitida pela picada de mosquitos vetores do gênero Alphavirus, como Culex spp. ou Aedes spp. Apesar de ser considerada uma zoonose, a transmissão não ocorre entre equinos ou entre equinos e humanos.
Os sintomas mais comuns em equinos incluem febre, conjuntivite, cegueira, sinais neurológicos, dificuldade de coordenação motora e engolir, entre outros. O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi) tem monitorado casos confirmados na Argentina desde o ano passado e mantém vigilância em todo o Estado.
“O Serviço Veterinário Oficial atua continuamente no atendimento a casos suspeitos por meio do Programa Estadual de Sanidade Equina. Não há transmissão da doença entre animais ou do equino para o ser humano, portanto, não haverá interdição de propriedades ou restrições de eventos agropecuários”, destaca Francisco Lopes, diretor-adjunto do DDA/Seapi.
A prevenção da enfermidade em animais e humanos concentra-se na redução da população de insetos vetores. Embora não exista um tratamento específico para cura dos animais, vacinas estão disponíveis e podem ser eficazes na prevenção, embora não sejam obrigatórias nos protocolos sanitários vigentes. Não é necessário sacrificar equinos infectados, já que alguns animais podem se recuperar.
Fonte: Agrolink