No Brasil, empresas familiares constituem aproximadamente 90% do cenário empresarial, conforme dados do IBGE. No entanto, apenas 30% delas conseguem passar para a terceira geração, revela estudo do Banco Mundial. A consultoria PwC alerta que 75% das empresas familiares no país encerram suas atividades após a sucessão pelos herdeiros. Essa realidade exige atenção e estratégias bem definidas para garantir uma sucessão bem-sucedida. 

 

O especialista Marcos Thiele destaca a importância das empresas familiares na economia brasileira. “Ainda hoje, as empresas familiares representam aproximadamente 65% do Produto Interno Bruto (PIB) e empregam 75% da força de trabalho do país, de acordo com dados do IBGE e Sebrae. Portanto, um bom resultado na sucessão é crucial não apenas para a própria empresa, mas também para a economia nacional.”, explica Thiele.

Para superar os desafios da sucessão familiar, o especialista destaca cinco orientações cruciais. Primeiramente, enfatiza a importância de um planejamento estratégico abrangente, que não apenas aborde a transferência de poder, mas também estabeleça estratégias claras para garantir a visão de longo prazo da empresa, incluindo aspectos financeiros, estrutura organizacional e planos de contingência.

Adicionalmente, destaca a necessidade de considerar as aspirações e competências individuais dos sucessores, preparando a nova geração por meio de treinamento específico para alinhar suas habilidades às demandas do negócio e do mercado.

Outra recomendação é a atenção às necessidades dos líderes atuais durante a sucessão, assegurando que suas expectativas sejam atendidas satisfatoriamente, reconhecendo que podem buscar novos horizontes após a transição.

O especialista ressalta, também, a importância de avaliar e monitorar as dinâmicas familiares ao longo do processo, reconhecendo a possibilidade de conflitos e sugerindo a intervenção de um mediador ou conselheiro de família para resolver desentendimentos de maneira construtiva.

 

Por fim, destaca a necessidade de implementar mudanças organizacionais para viabilizar a transição de maneira eficaz, indo além da simples transferência de poder e incluindo a adaptação da estrutura, funções e políticas da empresa, com a redefinição de papéis e responsabilidades, além da atualização de políticas e procedimentos.

 

 

Fonte: Agrolink

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