Pesquisadores na China desenvolveram uma abordagem inovadora de edição genética para criar variedades de videira mais resistentes ao mofo cinzento (Botrytis cinerea), uma das maiores ameaças à viticultura mundial. O avanço promete transformar a indústria vinícola ao reduzir a dependência de pesticidas e garantir uma produção mais sustentável, especialmente em face das mudanças climáticas. O estudo, publicado na Horticulture Research, utiliza a tecnologia CRISPR/Cas9 para editar genes específicos da videira, melhorando sua resistência natural à doença sem recorrer a organismos geneticamente modificados (OGM).

A Botrytis cinerea é responsável por danos significativos nas colheitas, tanto durante o crescimento quanto após a colheita, diminuindo a qualidade das uvas. Com o agravamento das condições climáticas, a necessidade de cultivares resistentes é cada vez mais urgente. A pesquisa focou na identificação de genes-chave que influenciam a resposta imunológica das videiras, uma descoberta que pode levar à criação de variedades mais resistentes, menos dependentes de tratamentos químicos.

Além de melhorar a sustentabilidade na viticultura, o uso de CRISPR/Cas9 oferece uma solução mais eficiente e menos controversa que os trabsgênicos, ao possibilitar alterações precisas e direcionadas nos genes da planta. A aplicação desta tecnologia pode reduzir a necessidade de fungicidas, melhorar o rendimento das colheitas e até diminuir as perdas pós-colheita. Para além da viticultura, esse avanço tem implicações significativas para a agricultura em geral, ajudando a criar culturas mais resilientes frente às pressões ambientais globais.

A pesquisa liderada por Ben Fan, da Nanjing Forestry University, pode revolucionar as práticas agrícolas, oferecendo uma forma mais eficaz e sustentável de combater doenças das plantas, promovendo uma agricultura mais resiliente e alinhada com as necessidades de um futuro mais sustentável.

 

Fonte: Agrolink

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