A preocupação com a situação dos aterros sanitários e com o destino correto de resíduos sólidos chegou com força em São Paulo. Foi inaugurada neste ano a maior termelétrica movida a biogás do Brasil, a Termoverde Caieiras.
Todos os dias, a Central de Tratamento e Valorização Ambiental recebe cerca de oito mil toneladas de lixo urbano e industrial. A partir dessa enorme quantidade de resíduos, a Termoverde é a responsável por produzir a energia de maneira sustentável.
A construção do empreendimento começou em 2014 e teve um investimento de mais de R$ 100 milhões do Grupo Solví. No segundo semestre de 2016 recebeu a autorização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para iniciar as operações.
São exatamente 15 mil metros quadrados de instalação, onde a usina oferece nada menos que uma potência de 29,5 megawatts. Para se ter uma ideia, esse número é suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.
De acordo com a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), com o novo negócio o Brasil tem potencial de gerar 1,3 GW de eletricidade a partir dos resíduos sólidos urbanos. É o necessário para o fornecimento adicional de 932 mil MWh/mês, com capacidade de abastecer 6 milhões de casas.
“Mesmo em tempos de crise econômica, o conselho deliberativo teve a coragem de aprovar um investimento desse valor gerando emprego e apoiando o meio ambiente. Estamos deixando um legado”, destacou o diretor técnico do grupo Solví, Eleusis Creddo.
Bom, o melhor do legado da termelétrica de Caieiras já começou, e é o fato de evitar a emissão de gás metano, um dos principais gases causadores do efeito estufa na atmosfera. Além disso, claro, a capacidade de gerar energia a partir de lixo dispensa comentários, não é mesmo?
Fonte: The Greenest Post e Secretaria de Energia e Mineração | Fotos: Divulgação