Embora seja uma excelente gramínea para o gado, a tropa não deve ter acesso ao capim. O assunto foi destaque no quadro Giro Tecnológico (G-Tec) do Giro do Boi desta terça, 9, que alertou para o correto manejo do capim Massai (Panicum) em piquetes para a tropa de cavalos. Segundo o professor da Esalq-USP, Cláudio Haddad, há muitos casos de mortalidade de equinos em piquetes cobertos pela forrageira.
“O capim Massai foi desenvolvido para ser uma forrageira de bastante folha e pouco talo, e o animal deve comer bastante folha com o mínimo de talo. Quando o cavalo tem acesso e há a ingestão do capim já com muitos talos, ocorre a constipação do sistema digestivo, lembrando que cavalos não vomitam, então só há uma via para sair. Isto gera cólica e a morte dos animais”, resumiu Haddad.
Mas o professor ofereceu uma saída para o problema. “A solução básica é dividir o piquete em duas, três, até quatro unidades e manejá-las para que haja sempre pastejo em cima de folhas, não de talos. Como ele consegue isso? Quando vai se perdendo o momento ideal de pastejo do cavalo, com o crescimento rápido do capim e pela formação de talos, pode-se fazer o uso da roçadeira. Isto vai estimular novo crescimento de folhas, que são inócuas à saúde do animal e possuem alto valor nutritivo”, indicou o embaixador de conteúdo do G-Tec.
Fonte: http://www.girodoboi.com.br