O Ministério da Agricultura vai anunciar, nesta quarta-feira, dia 6, o Plano Safra 2018/2019 com R$ 194,3 bilhões para os agricultores brasileiros. Desse total, mais de R$ 191 bilhões serão de crédito para custeio e investimentos. O restante são recursos utilizados para os programas de comercialização (R$ 2,6 blhões) e seguro rural (R$ 600 milhões). As taxas de juros vão cair, em média, 1,5 ponto percentual. As informações são de parlamentares que estiveram reunidos com o ministro Blairo Maggi nesta terça-feira, dia 5.
O governo também deve reservar parte dos recursos totais (5% dos R$ 191 bilhões) para ofertar em um modelo novo, pós-fixado, com correção monetária que, além da redução geral nos juros, poderá baixar em mais 1,25 ponto percentual para quem acessar.
Com a queda de 1,5 ponto percentual nos juros, os financiamentos de custeio no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), por exemplo, terão taxas de 6% ao ano. O crédito rural geral ficará a 7% ao ano. Para o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas, Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), as taxas devem variar entre 6% e 9,5%, de acordo com a renda dos agricultores. O Programa de desenvolvimento cooperativo (Prodecoop) deve ter recursos mantidos em R$ 1 bilhão, mas os juros caem de 8,5% para 7% ao ano.
Crédito para criadores
O Plano Safra deve trazer ainda recursos de custeio para criadores de aves, suínos e ovinos, com taxas de 6% a 7% ao ano e prazo de dois anos para pagamento. A linha foi negociada por conta dos prejuízos que esses setores tiveram com a greve dos caminhoneiros.
Armazenagem
Os recursos do Programa de Construção de Armazéns (PCA ), que foram de R$ 1,6 bilhão na safra 2018/2018, passarão para R$ 2,1 bilhões. O governo deve, com um ano de atraso, editar medida provisória para criar uma linha de crédito pelo BNDES para cerealistas construírem e reformarem armazéns. Em 2017, o anúncio foi feito durante o lançamento do plano safra, mas a medida provisória não foi publicada. O recurso prometido, na época, era de R$ 300 milhões.
Fonte: canalrural.uol.com.br