Uma empresa de cosmético, com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), desenvolveu um produto antienvelhecimento para a pele a partir do bagaço do maracujá.

O bagaço, que geralmente é descartado pela indústria de sucos, é composto por bioativos com propriedades promissoras. No mercado de cosméticos, por exemplo, foi reaproveitado e transformado em um produto antienvelhecimento com atuação antioxidante testada e comprovada.

De acordo com o engenheiro químico Eduardo Aledo, um dos sócios da empresa, o projeto incluiu uma bateria de testes que comprovaram a performance e a segurança do produto.

“O bagaço do maracujá é um resíduo da indústria de sucos que é descartado ou, na melhor das hipóteses, utilizado na produção de ração animal. Nosso objetivo era transformar esse rejeito em algo de valor, com um propósito de sustentabilidade”, diz Aledo.

Através de uma miniemulsão, que é a base do complexo antioxidante rejuvenate, os pesquisadores identificaram marcadores de poder antioxidante e de inibição de enzimas que causam degradação do colágeno e da elastina na pele.

“Conseguimos comprovar as rotas metabólicas de atuação e os mecanismos celulares envolvidos naqueles bioativos”, afirma o engenheiro de alimentos Philipe dos Santos, também sócio da empresa.

Pesquisa

A pesquisa abre espaço no mercado de cosméticos através de matéria-prima sustentável com potencial de inovação para várias outras rotas de aplicação.

O produto se mostrou efetivo no combate de manchas da pele, devido a atuação dos bioativos presentes no bagaço de maracujá. Pesquisadores comprovaram uma rota específica de atuação do Rejuvenate na inibição da enzima responsável pela produção de melanina. Foi ainda identificado aumento da expressão gênica de marcadores relacionados à longevidade celular.

“Além disso, em fevereiro, fizemos um teste clínico com 16 mulheres selecionadas e conseguimos comprovar algumas das propriedades do produto, como a redução de manchas, uma redução significativa no nível de rugas e aumento da hidratação facial”, diz o engenheiro.

Fonte: https://www.canalrural.com.br/

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