No Giro do Boi desta quarta, 05, o agrônomo Samuel Bortolin, gerente de produtos da Mosaic Fertilizantes, falou sobre avanços na adubação de pastagem no Brasil. Segundo informou Bortolin, dentro da própria companhia a linha de pastagem é a que mais cresce em percentual, o que indica uma mudança de perfil do setor.
“Atualmente o Brasil consome em torno de 800 mil toneladas de fertilizantes especificamente para pastagem. Se a gente considerar um número total de vendas […] entre todas as culturas, ainda é muito baixo. […] Mas o percentual de crescimento está mudando”, confirmou.
De acordo com o especialista, a mudança ocorre também para pecuaristas de pequeno e médio porte. “Eles viram que o ativo mais caro que eles têm realmente é o solo. E esse solo precisa ser fertilizado para entregar a nutrição para as plantas, que depois vai entregar para os animais”, relacionou.
ADUBAÇÃO DE PASTAGEM SEMPRE COMPENSA?
Em sua entrevista ao Giro do Boi, o agrônomo respondeu uma dúvida enviada por José Meire, de Presidente Prudente-SP. O telespectador perguntou se vale a pena fazer adubação de pastagem em qualquer tipo de solo.
Conforme esclareceu Bortolin, estudos realizados pela Mosaic Fertilizantes comprovaram que todos os solos brasileiros respondem de alguma forma à adubação de pastagem. “Atualmente não existe uma área no Brasil que não tenha resposta de fertilizante em pastagem. Todas têm respostas positivas”, constatou.
No entanto, o que muda é o tipo de fertilizante usado para este fim. “Você realmente precisa fazer uma análise de solo para poder entender qual o fertilizante correto para aplicar naquela área. Não é o mesmo fertilizante para todas as áreas, mesmo pensando que é tudo em pastagem”, ponderou.
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Em seguida, o especialista lembrou das diferenças de temperatura, solos, climas e cultivares usadas no país de dimensões continentais. Nesse sentido, Bortolin orientou que o pecuarista consulte um profissional, como um engenheiro agrônomo ou zootecnista, para que indique a melhor adubação de pastagem.
PERFIL DO SOLO BRASILEIRO
Em suma, o agrônomo ressaltou quais as necessidades gerais dos solos brasileiros na adubação de pastagem. “O Brasil, de forma geral, tem solos ácidos. E os solos ácidos precisam ser corrigidos também com calcário para elevar o pH para deixar aqueles nutrientes mais disponíveis para a planta. Então é uma sequência. Análise de solo, calcário para elevar o pH”, indicou.
Além disso, Bortolin recomendou que, se possível, o pecuarista use gesso agrícola para criar o perfil de solo. “Ou seja, para as raízes crescerem mais”, justificou.
Em conclusão, o especialista lembrou que a adubação de pastagem deve estar aliada ao manejo do pasto. “A boa nutrição do solo, que vai nutrir a planta, é um dos pontos que vai levar a isso (aumento de desfrute). A outra é o manejo. Por isso é que se trata de uma jornada. Não é somente o fertilizante. É um fertilizante dentro de um contexto”, salientou.
Fonte: https://www.girodoboi.com.br/