O Engenheiro mexicano Sérgio Rico criou a chuva sólida. Consiste num um pó que espalhado no solo dos cultivos, pode fornecer água as plantas em até 40 dias. Ele comercializa o seu produto através da sua própria empresa Silos de Água e exporta para nove países.
Diante da escassez de água em várias regiões, a chuva sólida pode ser a solução. Este invento pode armazenar e fornecer água as plantas por mais de um mês. Ele já é usado por agricultores argentinos, espanhol, francês, indianos, israelenses e russos.
A chuva sólida é um polímero biodegradável na forma de pó não-tóxico que é capaz de absorver 200 vezes o seu peso em água. Em contato com a água, o pó seco se converte em gel e pode armazenar a água por até 40 dias, publica a revista Expansión em sua Edición Innovación no México, de abril de 2014, que celebra o seu 45º aniversário.
Os agricultores usam-no para armazenar a água da chuva e assim faze-lo como um método de irrigação. Espalha o pó no solo sob as suas culturas de modo a que quando chove o produto químico tornar-se gel e o líquido pode ser armazenado durante até seis semanas. São necessários 25 kg do produto para um hectare de cultivo.
“Os resultados são notáveis, porque as raízes são mantidas úmidas por dois meses e se reidratam em repetidas ocasiões com as precipitações”, disse Rico, que fundou a empresa Silos de Aguá, em 2002, para comercializar o produto.
A chuva sólida aumenta em cinco vezes a produtividade das culturas de milho, diz Rico a revista Expansión.
“Nós já medimos os resultados em cultivos de milho em Jalisco, onde com um sistema tradicional de irrigação foram obtidos 500 quilos de milho por hectare, e com a chuva sólida foram obtidas 10 toneladas por hectare”, diz ele.
Além disso, o engenheiro químico explica que o sistema permite que os agricultores economizem até 80% dos custos, usando menos água, fertilizantes, energia elétrica e mão de obra.
O seu produto já é usado na Argentina, Equador, Emirados Árabes Unidos, Espanha, França, Índia, Israel, Peru e Rússia. No México é vendido em Jalisco, Michoacán, Veracruz e Zacatecas, porém não revelou os números sobre as vendas do produto.
“Esta tecnologia é muito útil na parte sul e sudeste do país porque há uma grande quantidade de chuva e a umidade é mantida pelas culturas através da absorção direta da raiz”, disse Carlos Ortiz, diretor do curso de Engenharia do Desenvolvimento Sustentável do Tecnológico de Monterrey, campus Santa Fé.
“Eu acho que a chuva sólida pode crescer bastante, ajudado por uma boa campanha de marketing consistindo em convencer o produtor, pois um dos principais obstáculos a superar é o apego às formas tradicionais de cultivo”, diz Ortiz.
Fonte: Site – www.desenvolvimentorural.com